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Quando o buril começou a ferir o bloco de mármore embrutecido, a pedra, em desespero, clamou contra o próprio destino, mas depois, ao se perceber admirada, encarnando uma das mais belas concepções artísticas do mundo, louvou o cinzel que a dilacerara.
A lagarta arrastava-se com extrema dificuldade, e, vendo as flores tão belas e perfumosas, revoltava-se contra o seu corpo disforme; contudo, um dia, a massa viscosa em que se amargurava converteu-se nas asas de uma ágil e graciosa borboleta e, então, enalteceu o feio corpo com que a natureza lhe preparara o vôo feliz.
O ferro rubro colocado na bigorna, espantou-se e sofreu, inconformado; todavia, quando se viu desempenhando importantes funções nas máquinas do progresso, sorriu reconhecidamente para o fogo que o purificara e engrandecera.
A semente lançada à cova escura, chorou atormentada, e perguntou por que motivo era assim confiada ao extremo abandono; entretanto, em se vendo transformada em arbusto, avançou para o Sol e fez-se árvore respeitada e generosa, abençoando a terra que a isolara no seu seio.
Meditemos sobre todos esses edificantes exemplos, e não nos cansemos de fazer o bem. Quem hoje não nos compreende a boa vontade, amanhã nos louvará o devotamento e o esforço. Jamais nos desesperemos com os desconfortos de hoje, e auxiliemos sempre, pois, a perseverança é a base da vitória.
Não nos esqueçamos de que, ceifaremos mais tarde, em nossa lavoura de amor e luz, contudo, só alcançaremos a divina colheita se caminharmos para adiante, entre o suor e a confiança, e sem nunca nos desfalecermos.
Façamos desta quarta-feira a continuidade de uma semana de otimismo e fé nas nossas infinitas possibilidades.
Há braços!