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A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (18) a Operação Martellus para desarticular uma associação criminosa envolvida na compra de votos e outros crimes eleitorais durante as eleições de 2024. Estão sendo cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão temporária, expedidos pela Justiça da 1ª Zona Eleitoral de Roraima.
A investigação começou após a prisão em flagrante de dez pessoas no dia 5 de outubro, por corrupção eleitoral. Na ocasião, um suspeito apontado como líder de campanha teria cooptado eleitores para votar em um candidato que disputava a reeleição como vereador em Boa Vista. Esses eleitores recebiam valores entre R$ 100 e R$ 150. Reeleito, o político é o principal alvo das ações de hoje
Em 6 de outubro, uma busca e apreensão identificou crimes eleitorais, levando à prisão em flagrante do candidato por corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e posse ilegal de ouro em sua residência. Ele foi liberado posteriormente por habeas corpus.
O esquema, que teria movimentado ao menos R$ 1 milhão, envolvia o apoio de agentes públicos, incluindo um oficial da Polícia Militar de Roraima, que manteria o vereador informado sobre denúncias recebidas sobre a compra de votos investigada. O parlamentar utilizava grupos de mensagens para monitorar a prestação de contas sobre o esquema.
O inquérito policial aponta que o vereador, que já foi investigado em outros momentos por diversos crimes, teria recebido patrocínio do tráfico para o exercício de suas atividades parlamentares, inclusive para a disputa à presidência da casa legislativa municipal.
Os investigados podem responder por associação criminosa, corrupção eleitoral, falsidade ideológica, transporte ilegal de eleitores, violação de sigilo do voto e funcional, prevaricação e lavagem de dinheiro.