O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou nesta quarta-feira, 22, que é importante insistir no arcabouço fiscal. O banqueiro central defendeu que o grande benefício da regra é permitir a projeção de decisões futuras. “Se você faz e abandona, os economistas terão dificuldade para estimar qual será a dívida do Brasil no futuro. Se tem dificuldade, insere incerteza e prêmio de risco. Isso significa que o juro fica mais caro no longo prazo”, emendou.
Campos Neto repetiu que não há uma relação mecânica entre as políticas fiscal e monetária, mas disse que no Brasil há uma história grande de conexão entre elas.
Sobre as metas de resultado fiscal, o presidente do BC afirmou que há uma dissonância entre o que mercado espera e o que o governo tem prometido, muito atrelada à dúvida sobre a capacidade de o governo atingir a arrecadação necessária.
Em outro momento, ao falar sobre a manutenção da meta de inflação em 3% e o efeito benéfico dessa decisão sobre as expectativas do mercado, o banqueiro central disse que “gerar ruídos em relação a metas ou fazer a meta e depois desacreditá-la tem um custo de credibilidade muito grande”.
Campos Neto participou de café da manhã com a Frente Parlamentar pelo Livre Mercado, no Senado Federal.
Estadão Conteúdo
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