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O governador Ibaneis Rocha anunciou que até abril o Governo do Distrito Federal (GDF) vai lançar as obras para a futura ocupação do Centro Administrativo (Centrad), em Taguatinga. Viadutos e vias serão construídos ao redor do complexo para facilitar o acesso. Também serão feitos a urbanização da área e os serviços internos no prédio.
A expectativa do GDF é investir cerca de R$ 300 milhões na construção de viadutos e na urbanização e pavimentação da área.
Estão previstas a construção de um viaduto principal na QNL, com uma alça de acesso para o Centro Administrativo, e outro viaduto nas proximidades do campus Ceilândia da Universidade de Brasília (UnB), para ligar Taguatinga a Samambaia.
Além disso, o projeto prevê vias adjacentes e urbanização. As obras externas serão feitas pela Secretaria de Obras e Infraestrutura (SODF) e pela Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap). Já as adequações internas do prédio ficarão a cargo da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).
A medida anunciada na quinta-feira (20) pelo governador Ibaneis Rocha faz parte do trabalho deste GDF em retomar o espaço construído em 2009 e entregue em 2014 sem a infraestrutura necessária.
Com uma área de 182 mil m² e 16 edifícios, o Centrad foi idealizado como um centro administrativo para abrigar e centralizar os órgãos de governo. Em 2022, a atual gestão anulou o contrato com o consórcio que construiu o prédio, com custo estimado de R$ 1 bilhão, e no mesmo ano retomou a posse do imóvel.
O plano de centralizar vários órgãos públicos do Distrito Federal em um mesmo lugar teve início em 2009, quando o ex-governador José Roberto Arruda (DEM) firmou um contrato de parceria público-privada (PPP) entre o Governo do DF e as empreiteiras Odebrecht e Via Engenharia.
Com o fim do mandato de Arruda, no ano de 2010, por cassação pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), o governador Agnelo Queiroz (PT) eleito em 2010, assumiu o projeto e inaugurou o Centro Administrativo do Distrito Federal no fim de seu mandato, em 2014, mas o complexo nunca foi ocupado. Rodrigo Rollemberg (PSB), que assumiu o poder após Agnelo, em 2015, engavetou o projeto de ocupação do Centrad.