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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tornou pública a decisão judicial que ordenou a prisão preventiva e a aplicação de medidas cautelares contra cinco acusados de participação no planejamento de um golpe de Estado.
A Polícia Federal (PF) identificou que as ações ilícitas contaram com o envolvimento de militares, incluindo integrantes das Forças Especiais do Exército e um general de brigada da reserva.
A operação clandestina tinha como objetivo monitorar, prender ou até mesmo assassinar figuras-chave, como o próprio ministro Alexandre de Moraes, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin.
O atentado estava previsto para acontecer dia 15 de dezembro de 2022, com a intenção de impedir a posse dos eleitos.
De acordo com o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, a operação traz novos elementos extremamente graves, envolvendo nomes do governo anterior.
“Estamos falando de uma ação concreta, objetiva, que traz elementos novos, extremamente graves, sobre a participação de pessoas do núcleo de poder do governo [Jair] Bolsonaro no golpe que tentaram executar no Brasil, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente eleitos”, informou Pimenta em coletiva de imprensa realizada na Cúpula do G20, no Rio de Janeiro.
O ministro também comentou episódios que, segundo ele, estão relacionados, como a explosão de um caminhão próximo ao aeroporto de Brasília e o atentado recente, contra o STF.
“O indivíduo que morreu em Brasília estava acampado em frente aos quartéis. As pessoas que participaram da tentativa de explosão do caminhão no aeroporto também estavam. Então, há uma relação entre os financiadores, os que planejaram as ações criminosas. Eles precisam responder por isso e essa operação da Polícia Federal hoje é muito importante.”
A decisão do ministro Alexandre de Moraes autorizou a prisão preventiva dos seguintes investigados: tenente-coronel Hélio Ferreira de Lima; general da reserva Mário Fernandes; tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira; policial federal Wladimir Matos Soares; e oficial Rodrigo Bezerra Azevedo.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil