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Ouvir uma música, não entender a letra e desfrutar apenas da sensação reconfortante ou do agito da melodia não chega a incomodar quem não domina a língua inglesa. No entanto, deparar-se com um volume cada vez maior de conteúdos profissionais que impactam na atividade ou na carreira do trabalhador gera uma sensação cada vez mais incômoda e limitante. É uma sensação semelhante à dos trabalhadores que a partir do século 18 passaram a conviver com o impacto da revolução industrial, iniciada na Inglaterra, e que a passou a exigir deles habilidades, até então, inimagináveis. Da noite para o dia, os operários da época passaram a lidar com linha de produção em escala e operar máquinas que carregavam uma tecnologia inimaginável para aquele período. Quem não se adaptou foi eliminado do mercado de trabalho. O mesmo está acontecendo com quem não domina a língua inglesa, em determinadas carreiras.
O domínio da língua inglesa como item essencial para boa parte das carreiras profissionais é uma preocupação dos pais, que sonham em oferecer aos filhos oportunidades melhores do que as que tiveram no início da vida escolar e da formação profissional. Uma das alternativas mais eficientes é o estudo em escolas bilíngues, cada vez mais comuns no País. Diretora da ONE School, escola bilíngue de educação infantil e ensino fundamental da Casa um Thomas Jefferson, a professora Denise de Felice lembra que, neste caso, é importante os pais saberem diferenciar uma escola bilíngue daquelas que oferecem aulas de língua inglesa, com carga horária maior que a convencional. Nas escolas bilíngues há a imersão no segundo idioma e a adoção dos conteúdos didáticos nos dois idiomas. As disciplinas precisam ser dadas na língua inglesa entre 30% e 50% da carga horária.
Mais importante que “apenas ser fluente” em língua inglesa, é fundamental que as pessoas entendam que isso permite que elas ampliem o conhecimento. Dominar o inglês abre um mundo de possibilidades e de leituras, pois possibilita acesso aos conteúdos com antecedência. “Outro ponto é que livros que são referências dos mais variados segmentos, nem chegam a ser traduzidos”, destaca Denise. “Quando falamos em leitura acadêmica a vantagem é ainda maior, pois mais da metade do conteúdo disponível atualmente na web está em outro idioma e o inglês é o primeiro da lista”, acrescenta. Tudo isso, ela lembra, permite que a pessoa aprenda novas culturas e amplie o repertório, o que também traz diferencial para o profissional, perante a concorrência cada vez mais acirrada.
Se o principal interesse do estudante é o desenvolvimento profissional, ter no currículo um segundo idioma, além do nativo, é uma das principais formas de se destacar em meio aos concorrentes. Uma pesquisa da Catho confirmou que um profissional brasileiro com fluência no idioma pode ter o salário até 61% maior do que alguém sem essa habilidade. Já nos cargos de diretoria, a diferença salarial é de até 56%.
Denise destaca que três pilares potencializam o futuro de quem se dedica ao aprendizado da língua inglesa: ampliar exponencialmente as oportunidades de emprego, ampliar os próprios conhecimentos e aprender novas culturas, o que acaba por reforçar as duas anteriores. Mas não é só isso. Dominar a língua inglesa é desenvolver independência que vai além do mercado de trabalho. “É ter a possibilidade de compreender e ser compreendido em qualquer lugar do mundo, já que o idioma é a língua oficial das relações internacionais”, finaliza.