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Na manhã desta terça-feira (28), o Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com o Gaeco do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), deflagrou a Operação Abstersio. A Polícia Militar de Goiás está apoiando a ação.
Estão sendo cumpridos 22 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, cumpridos em Nerópolis, Goiânia, Jataí e Brasília, no DF. A 2ª Vara das Garantias da Comarca de Goiânia determinou também o bloqueio de bens dos investigados até o valor de R$ 1,5 milhão, de forma gradativa e proporcional ao suposto envolvimento no esquema criminoso.
Conforme o MPGO, a ação visa coletar provas em relação a uma organização criminosa que atua na Secretaria Municipal de Saúde de Nerópolis desde 2017. As investigações do Gaeco apontam que a organização criminosa fraudava procedimentos licitatórios e dispensas de licitação em diversas áreas da saúde, como treinamento, assessoramento, consultoria, capacitação e palestras educativas.
Segundo os investigadores, os empresários individuais contratados não possuíam qualificação técnica para a prestação dos serviços e mantinham vínculos familiares e de amizade com a servidora pública municipal apontada como líder do esquema.
Entre as evidências colhidas, o MPGO registra que uma investigada não alfabetizada venceu concorrência para prestar serviço de representação do município junto à Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa e de preparação para cuidadores de pacientes acamados. Os investigadores sustentam que parte dos serviços contratados pode nem ter sido prestada.
O Ministério Público de GO apura a prática dos crimes de organização criminosa, frustração do caráter competitivo de licitação, contratação indireta indevida, peculato, falsidades ideológicas e materiais, corrupções ativa e passiva e lavagem de dinheiro.