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A Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), deflagrou nesta manhã (14), a Operação Postos de Midas, com o objetivo de apurar crimes de organização criminosa, fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
Os agentes cumprem 14 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais, comerciais e em quatro prédios públicos em Campos dos Goytacazes e na capital fluminense.
O inquérito teve início após o compartilhamento de provas obtidas com a prisão em flagrante de um dos membros da organização criminosa em 30 de setembro de 2022. Este membro, considerado o braço direito do líder da quadrilha, foi preso por corrupção eleitoral.
As investigações revelaram um esquema de contratações diretas com dispensa fraudulenta de licitação, beneficiando empresas ligadas a um parlamentar estadual ou a terceiros em nome dele, resultando em sobrepreço e desvio de recursos públicos. Esses valores eram posteriormente “lavados” através de uma extensa rede de postos de combustíveis, e também foi constatado o direcionamento de licitações para o mesmo grupo econômico.
O nome da operação faz alusão ao Rei Midas, da mitologia, que transformava em ouro tudo o que tocava. O nome reflete o crescimento expressivo do patrimônio do parlamentar investigado, que, ao concorrer ao cargo de vereador em Campos dos Goytacazes, declarou patrimônio de R$ 224 mil.
Já em 2022, ao se candidatar a deputado estadual, declarou um patrimônio de R$ 1,972 milhão. Atualmente, ele possui uma rede de 18 postos de combustíveis e 12 empresas identificadas durante as investigações.