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A Polícia Federal (PF) investiga o episódio das explosões na Praça dos Três Poderes, como um ato terrorista e contra o Estado Democrático de Direito.
O suspeito foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, e o inquérito, já instaurado, será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), segundo informou a PF, nesta quinta-feira (14).
“O episódio de ontem não é um fato isolado, mas é conectado com várias outras ações que a Polícia Federal tem investigado no período recente”, afirmou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
De acordo com investigação preliminar, o autor das explosões é natural de Santa Catarina, trabalhava como chaveiro. Ele estava no Distrito Federal há cerca de quatro meses e alugou uma casa em Ceilândia e um trailer, localizado também nas proximidades do STF.
Na casa do suspeito foram identificados mais materiais explosivos do tipo tubo construídos de maneira artesanal semelhantes a uma granada. Após o robô antibombas abrir uma gaveta no local, houve, inclusive, uma explosão.
“Ainda é cedo para dizer se houve participação direta ou não nos atos de 8 de Janeiro. Isso a investigação apontará, mas essa pessoa estava aqui no começo do ano, e hoje, na residência em Ceilândia, havia uma mensagem escrita nas paredes, no espelho, fazendo menção a um ato de pichação que foi feito no 8 de Janeiro na estátua da Justiça”, informou Rodrigues.
Ao lado do corpo do homem foi encontrado um extintor de incêndio que simula um lança-chamas. Também foi apreendido um telefone celular. No porta-malas do veículo foram localizados fogos de artificio montados e estruturados em tijolos, que causaram um incêndio parcial no carro. Nesta manhã, também foi encontrada uma caixa enterrada nas proximidades do STF.
As investigações estão sob responsabilidade da Polícia Federal, com o apoio das polícias Civil e Militar do Distrito Federal.
Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília