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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, (1º), a operação iFraud, em ação conjunta com a Receita Federal, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, com o objetivo de combater a importação e o comércio fraudulento de aparelhos smartphones.
De acordo com a PF, a investigação teve início a partir de comunicação feita pela Receita Federal, que identificou um influenciador digital, com mais de 600 mil seguidores, que ensinava as pessoas a importar produtos dos Estados Unidos.
O influenciador ensinava, via on-line, pessoas a como não pagar impostos de importação, pregando o não pagamento, total ou parcial, dos tributos.
De acordo com os investigadores, além de ensinar as pessoas a cometer crimes de fraude na importação, o influenciador fornecia smartphones importados de maneira fraudulenta diretamente a clientes interessados.
Para a execução dessas tarefas, ele mantinha uma rede de cúmplices, responsáveis pela importação ilícita e a distribuição dos aparelhos.
O grupo criminoso também oferecia outra opção: o cliente efetuava a compra do produto nos Estados Unidos, e o grupo providenciava a remessa ao Brasil, com nota fiscal, porém sem pagamento de taxa alfandegária. Também havia a possibilidade de que o produto fosse retirado no Paraguai.
A Receita Federal chegou a interceptar duas remessas internas desses celulares. Em ambos os casos, não foram apresentados documentos da origem lícita dos aparelhos.
A empresa identificada como distribuidora dos produtos trazidos irregularmente teve uma movimentação financeira a crédito, no ano de 2023, de R$ 45 milhões e adquiriu R$ 1,8 milhão do criptoativo Tether(USDT). Só nos primeiros 100 dias de 2024, essa empresa já tinha comercializado mais de 3 mil smartphones com valor superior a R$ 14 milhões, sem qualquer nota fiscal de entrada dessa mercadoria.
O cumprimento dos mandados de busca nesta data objetiva apreender outras evidências dos crimes cometidos, além de comprovação de possível lavagem de dinheiro e evasão de divisas, bem como a identificação de outros eventuais participantes dos crimes.
Foto: Polícia Federal
Francine Marquez