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Viver calmamente e sossegado não é “se cozinhar” na preguiça, como diziam “os antigos”.
Há pessoas folgadas, bem agasalhadas contra o frio das dificuldades, pelos cobertores da facilidade econômica, mas torturadas mentalmente por indefiníveis aflições, se esquecendo de que a paz interna decorre da quitação da nossa consciência para com a vida.
É em semelhante equilíbrio que reside a base do nosso trabalho. E assim, se desejamos saúde, é necessário lutar pela harmonia do corpo; se esperamos colheita farta, devemos plantar com esforço e defender a nossa lavoura com perseverança e carinho.
Para defender a fortaleza do nosso coração contra o assédio do mal, é imprescindível que saibamos viver dentro da serenidade do trabalho, e fiéis aos compromissos assumidos com a ordem e com o bem.
O progresso dos ímpios e o descanso dos delinquentes são paradas de introdução à porta de um inferno mental criado por eles próprios. Não queiramos, assim, estarmos sossegados, sem esforço, sem luta, sem trabalho, sem problemas…
Todavia, consoante a advertência bíblica, vivamos calmamente, mas cumprindo com valor, boa vontade e espírito de sacrifício, as obrigações edificantes que o mundo nos impõe a cada dia, em favor de nós mesmos.
Meditemos um pouquinho sobre o assunto, neste sábado, e, felizes, veremos nosso dia revestido de muita serenidade e paz.
Há braços!
Raul Canal
