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Todos sabemos que a convivência diária com outras pessoas requer de nós, entre tantas, duas virtudes muito importantes: sabedoria e tolerância. É comum esperarmos que as pessoas pensem e ajam segundo as nossas expectativas, nos esquecendo de que cada indivíduo é único, e dono do seu universo.
Por mais graves que pareçam ser as possíveis falhas do nosso próximo, não o repreendamos num prejulgamento. Se alguém usa de maldade conosco, procuremos nele algo de bom para soerguê-lo, pois, pode ser a chance para que ele possa resgatar seu lado positivo.
É sempre difícil julgar os outros em situações ou opiniões que divergem da nossa. Como nos apropriar da consciência alheia e sentirmos a realidade de um coração e mente que não nos pertencem? Prejulgar é um erro quando não se conhece a realidade. Esperemos! O passar do tempo trará clareza para uma correta e justa avaliação.
Além do que, antes da crítica, lembremos de que, dela também nós não estamos isentos. Quantas vezes somos complacentes em excesso conosco mesmos, e não percebemos a rigidez com que fustigamos o nosso próximo em precoce julgamento?
Se há quem nos elogia as possíveis virtudes, há sim quem nos lembre nossos defeitos. Se há quem nos auxilia para um futuro promissor, há quem nos constranja apontando deslizes do passado. A tolerância com o próximo e o reconhecimento dos próprios erros são garantias de uma convivência harmoniosa e feliz.
Neste sábado, pensemos um pouquinho no perdão que esquece o mal e aviva o bem, e na simpatia e cooperação com o nosso próximo.
Há braços!
Raul Canal