CAMILA ZARUR
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Um incêndio de grandes proporções em Porto Seguro, na Bahia, já destruiu cerca de 300 hectares do Parque Nacional do Monte Pascoal e da Aldeia Boca da Mata. O fogo começou na semana passada, entre os dias 14 e 15 de novembro.
A área atingida equivale a cerca de 300 campos de futebol. De acordo com os bombeiros, não há registro de mortos ou feridos nas chamas.
A causa do incêndio ainda não foi descoberta. Será necessário uma perícia para determinar o que causou o fogo.
Nesta segunda-feira (20), o Corpo de Bombeiros da Bahia informou que enviou mais 35 militares e duas aeronaves para se juntar aos esforços para conter as chamas. Já estão atuando no local 50 brigadistas do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
O parque Monte Pascoal é uma reserva ambiental de mais de 22 mil hectares e fica no extremo sul da Bahia (a 619 km de Salvador). O espaço abrange uma área ampla da mata atlântica e abriga espécies ameaçadas como onças pintadas, ouriços-pretos e preguiças-de-coleira.
Na reserva está a terra indígena Barra Velha, onde fica a Aldeia Boca da Mata da etnia pataxó. De acordo com a Apib (Articulação dos povos indígenas do Brasil), o incêndio já afetou uma parte relevante da região.
Além da importância ambiental, o parque Monte Pascoal também tem um peso histórico para o Brasil. O Monte Pascoal foi a primeira porção de terra do Brasil avistada pelos navegadores portugueses em 1500. Ele faz parte do Patrimônio Mundial Natural da Unesco da Costa do Descobrimento
As instituições envolvidas no combate às chamas são: ICMBio, Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais), Funai, Brigada Voluntária Terra Indígena Barra Velha, Secretaria do Meio Ambiente da Bahia, Corpo de Bombeiros, Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), prefeituras de Porto Seguro e Prado e a Superintendência de Assuntos Indígenas de Porto Seguro.
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