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Quase sempre, enquanto a criatura humana respira juventude, a atitude que lhe caracteriza o coração para com a vida é a de uma criança que desconhece o valor do tempo.
Dias e noites são curtos para a curtição em alegrias, aventuras e fantasias. Engodos mil da ilusão efêmera lhe obscurecem o olhar e as horas passam num turbilhão de anseios, quase sempre, inúteis.
Raras pessoas escapam de semelhante perda. Geralmente, contudo, quando a maturidade chega e a alma já possui relativo grau de educação e evolução, o homem reajusta bastante apressado a ideia e o conceito que tinha do dia. E aí, a semana passa a ser pequena para o que lhe é preciso fazer.
E então, nós compreendemos que os mesmos serviços de outrora, se repetem ao longo dos dias atuais e de forma recapitulada. Mas agora, com tempo curto, nos agitamos, nos desdobramos, no afã de enriquecer os minutos ou ampliá-los na, quase sempre, inútil busca de mais tempo.
E também, é comum que ao termo da nossa caminhada, a morte do corpo nos surpreenda a qualquer momento, frustrando uma expectativa de vida, sem que nos seja dado recuperar os anos perdidos.
Assim, cuidemos em não nos embrenharmos na selva humana, despreparados e despreocupados com a nossa tarefa de habilitação à luz espiritual rumo ao inarredável caminho eterno.
Nesta quarta-feira, continuemos a trabalhar uma semana especialmente feliz, aproveitando o melhor possível do nosso tempo, não nos fazendo tardios na preparação do nosso espírito, para o grande dia do encontro com o Criador.
Há braços!
Raul Canal