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Se conquistarmos muitos títulos de posses, materiais ou sociais, sobre as situações terrenas, mas não formos senhores da nossa alma, todo o nosso patrimônio não passará de simples devaneios.
Se multiplicarmos aos nossos pés, jardins de prazeres e alegrias juvenis, entretanto, não adquirirmos o conhecimento superior para o roteiro do amanhã, a nossa mocidade será a véspera ruinosa da verdadeira velhice.
Se cobrirmos nosso peito com medalhas honoríficas, aumentando os admiradores que nos aplaudem, mas, se a luz da reta consciência não nos banhar o coração, seremos semelhantes a um cofre de trevas, enfeitado por fora mas vazio por dentro.
Se amontoarmos riquezas, confortos para nossa casa terrena e revesti-la de tantas belezas artísticas, contudo, não possuirmos na intimidade do lar a harmonia que sustenta a felicidade de viver, o nosso lar será tão somente um mausoléu enfeitado.
Se juntarmos exorbitante riqueza, à sombra da qual só exibirmos autoridade e influência sobre o nosso próximo, mas se não a dividirmos com os nossos semelhantes em forma de socorro, seremos apenas viajores descuidados rumo a dissabores e sofrimentos no final da jornada.
Assim, só cresceremos horizontalmente, conquistaremos o poder e a fama, nossa presença física será reverenciada por muitos, mas se não trouxermos conosco os valores do bem, estaremos ombreando com os infelizes em marcha para inevitáveis ruínas pós-morte.
Nesta segunda-feira, nos lembremos de que, se ao amealharmos tesouros terrenos, nos lembrarmos do nosso próximo, estaremos juntando tesouros para a vida eterna. É o que vale!
Há braços.
Raul Canal